Estudo revela que Vitamina D pode reduzir risco de câncer

Conhecida por seus benefícios para a manutenção do esqueleto, fixando o cálcio e o ferro nos nossos ossos e dentes, a vitamina D pode contribuir também na prevenção do câncer. Estudos recentes demonstram que indivíduos com uma boa dose diária de vitamina D tem menor probabilidade de desenvolver tumores.

Na pesquisa, publicada pelo renomado British Medical Journal (BMJ), foram avaliados 33.736 homens e mulheres do Japão. Até hoje, a maioria das pesquisas levava em conta populações europeias e americanas.  Como a presença de vitamina D no organismo pode variar de acordo com a etnia, é importante verificar se os mesmos efeitos são observados em todo mundo.

No início do trabalho, conduzido por pesquisadores do Centro de Ciências da Saúde Pública do Centro Nacional de Câncer no Japão, os participantes forneceram informações detalhadas sobre histórico médico, dieta e hábitos de vida, além de amostras de sangue para que os níveis de vitamina D pudessem ser medidos. Eles foram acompanhados por mais ou menos 16 anos, período no qual foram detectados 3.301 novos casos de câncer.

Após ajustar diversos fatores de risco para a doença, como idade, peso e tabagismo, os experts concluíram que os maiores níveis de vitamina D estavam associados a uma redução de aproximadamente 20% na probabilidade de desenvolver qualquer tipo de câncer.

Para tumor de rim, o risco caía de 30 a 50%, sendo que o impacto protetor ficou mais evidente em homens do que em mulheres. Já em relação a tumores de pulmão e próstata não foi encontrado nenhum elo. Uma boa notícia é que o grupo com ótimas doses de vitamina D no sangue não apresentou aumento de risco para nenhum tipo de câncer.

Embora os achados deem mais força ainda para considerarmos a vitamina D uma parceira na prevenção dessa doença, os estudiosos ressaltam que pode existir um efeito-teto. Ou seja, a partir de determinada quantidade, o indivíduo não experimentaria benefícios extras. Em resumo, não adiantaria torrar no sol nem engolir um monte de cápsulas. Até porque o excesso da molécula pode, sim, causar algumas complicações. Entre elas, o acúmulo de cálcio nas artérias, que estaria por trás de infartos e derrames.

Ainda segundo o BMJ, são necessários mais estudos para entender qual seria essa concentração capaz de blindar nosso corpo contra o surgimento de tumores. Enquanto isso não ocorre, 15 minutinhos ao sol já parecem suficientes para angariar muitas vantagens.

Fonte: Revista Saúde

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